Chatices, mesmices e meiguices
Ah, nós mulheres! Somos tão complexas e são tantas as manias, as carências, os afazeres, os desejos e os amores. E a vaidade que nos domina.E quando a carência bate temos a necessidade de compensar fazendo ou comprando algo. E de repente surgem as vitrines convidativas e os manequins parecem criar vidas e nos chamam e chamam…entramos em transe…paixão à primeira vitrine.Entramos na loja e nos entregamos totalmente, principalmente, se descobrimos que há roupas em promoção. Já era! Fomos rendidas pela palavra PROMOÇÃO. Qual a mulher que resiste a ela?Somos capazes de brigar com outras mulheres por uma última peça de roupa. E o mais engraçado é que do mesmo jeito impulsivo que tivemos para adquirir tal peça, quando a temos o desejo se vai e a roupa será mais uma não usada, escondida no fundo do armário. E a paixão repentina se vai, pois a carência foi saciada.E assim enlouquecemos os homens com as nossas manias, ou seriam, válvulas de escape não compreendidas. Mas torna-se um problema quando a mania se transforma em compulsão. Deve haver um equilíbrio e fiquemos atentas quanto a isso.Cortamos o cabelo, mudamos a maquiagem, fazemos as unhas, vestido e sapato novos e ele não nota? Isso é imperdoável! Quando nos produzimos queremos ser notadas e elogiadas. Vivemos os sintomas da insatisfação diária. Essas alterações de humor, a chamada bipolaridade e ainda temos a maldita TPM, essa sigla uma das mais temidas pelos homens, além do IR, IPVA, IOF e etc. Conheço alguns que fogem de suas namoradas nesse período, e os maridos que procuram chegar bem tarde em casa para que o “tempo de conflito” seja menor, ou encontre as esposas já dormindo. Existem aqueles que vão para outro mundo e deixam as respectivas mulheres berrando ou falando às paredes. Não é fácil, amigos!Somos seres de fases como a lua. Gostamos quando percebem uma mudança nossa, e a nossa vaidade pede elogio, queremos silêncio, sentimos desejo, necessidade de sexo, pedimos carinho.Precisamos da distância para sentir saudade. E de vez um quando dar um basta na rotina com as “mesmices” que nos irritam. Jamais seremos entendidas, mas sejamos então compreendidas, queridas, desejadas e amadas. Amamos ser surpreendidas. A mulher precisa ter a certeza de que o homem a quer, e o “eu te amo”, por vezes não dará o mesmo efeito que um gesto, uma atitude causará. Somos místicas e detalhistas, e na maioria das vezes, viajamos em histórias sem sentido que criamos, mas quando temos a certeza de que somos realmente amadas, qualquer mimimi será apenas para uma quebra de rotina. Recatadas, prendadas, guerreiras, frágeis, inocentes, maquiavélicas, vingativas, carentes, independentes, sonhadoras, realistas…várias em uma só.
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